Fotos: Ana Paula Motta
Nesta sexta-feira, 30 de agosto, centrais sindicais de todo o país realizam um dia nacional de paralisação, cobrando pautas como o fim do fator previdenciário, a redução da jornada de trabalho para 40 horas semanais sem redução do salário, a suspensão dos leilões de petróleo e a não aprovação do PL 4330 sobre a terceirização.
Em Campos o Movimento Educadores em Luta apoiados pelo Sindicato Estadual dos Profissionais da Educação paralisaram suas atividades nas escolas e se concentraram na Praça São Salvador a partir das 9 h, onde fizeram um ato público e apresentaram a pauta de reivindicações da categoria.
Depois de mostrar a população o descaso com que a educação é tratada em nosso município, os profissionais da educação fizeram um enterro simbólico da prefeita Rosinha e seguiram em passeata até a porta da prefeitura, no antigo CESEC.
Um forte esquema de segurança foi armado para impedir a entrada de professores e funcionários de escolas no jardim da prefeitura. Um trio elétrico foi estacionado do lado de fora dos portões e os profissionais expuseram suas críticas e angústias do cotidiano das escolas de Campos. Reclamaram da falta de transparência das verbas destinadas à educação especialmente o FUNDEB, exigiram o cumprimento e reformulação do plano de carreira, concurso público, regência de classe e comparam os contracheques com os professores de Macaé.
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Foto Fernando Leite |
Uma queixa comum a todos é em relação à baixa qualidade da merenda escolar e do material pedagógico da empresa paranaense Expoente, já que ao contrário do que acontece em outras redes de ensino o material didático não é escolhido pelos professores,mas imposto pela Secretaria de Educação. O material escolar básico como lápis, massa plástica e apontadores também é muito ruim.
Uma comissão formada pelo SEPE e pelo Movimento Educadores em Luta foi recebida pela Secretária de Educação, Marinéia Abud e pelo Secretário de Administração, Fábio Ribeiro. Depois de cerca de duas horas de negociação foi acordado que o ponto da paralisação de hoje não seria cortado e o dia de aula seria reposto. Em relação a pauta conjunta a secretária solicitou que a audiência, inicialmente marcada para o dia 12 de setembro com o SEPE fosse remarcada para o dia 23 com uma comissão já que a pauta teve ampliação dos pontos, pois houve uma fusão da pauta do sindicato com a do movimento dos educadores.
A direção do SEPE entende que só se garante as conquistas da categoria com luta e mobilização, já que todas as vitórias aos longos dos anos só foram conseguidas desta forma. O SEPE também repudiou a proposta de eleição com lista tríplice, já que não garante a democracia e a escolha da comunidade escolar que fica refém da escolha do governo.